Considerada rara no Brasil, com menos de 150 mil casos por ano, a cisticercose é causada por cistos da larva da Taenia solium nos tecidos.
Foto: Reprodução/X
O médico de atendimento de urgência da Universidade da Flórida Sam Ghali usou uma publicação nas redes sociais para falar sobre o risco de exposição à cisticercose pelo consumo de carne de porco mal cozida. Na postagem, Ghali diz que a imagem anexada é de um dos exames mais inacreditáveis que ele já viu.
A doença parasitária ocorre pelo contato com fezes humanas infectadas com o ovo da tênia através de alimentos, água ou superfícies contaminadas com fezes. Os humanos engolem os ovos quando comem alimentos contaminados ou colocam os dedos contaminados na boca.
“Os humanos são infectados ao ingerir cistos que podem ser encontrados em carne de porco mal cozida. […] Depois que os ovos são ingeridos, eles liberam larvas que penetram na parede intestinal e invadem a corrente sanguínea e de lá podem se espalhar para literalmente qualquer lugar do corpo. O cérebro, os olhos, os tecidos subcutâneos e os músculos esqueléticos são os destinos mais comuns. As larvas se alojam onde quer que acabem e, por fim, formam cistos conhecidos como cisticercos”, detalhou Ghali.
Os sintomas variam conforme o local onde o parasita está alojado, por exemplo, quando está na musculatura, pode causar inchaço, inflamação e dificuldade nos movimentos. Porém, especialistas afirmam que este quadro ocorre, na maioria das vezes, em pessoas imunossuprimidas, ou seja, que tem o sistema imunológico mais frágil.