A situação da segurança pública na Bahia é extremamente preocupante.
Foto: Arisson Marinho/Correio
Será que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) vai comemorar os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que apontam a Bahia novamente na liderança do ranking de homicídios no país? Nesta semana, o petista afirmou que “a Bahia está num momento de celebração” devido aos dados da área de segurança pública. No entanto, o anuário, divulgado na quinta-feira (18), revela que o estado registrou 6.578 mortes violentas em 2023, um número 54% maior do que o do Rio de Janeiro, segundo colocado. E pasmem: sozinha, a Bahia supera os números somados dos estados das regiões Centro-Oeste (3.682 mortes) e Sul (4.898 casos). Jerônimo pode até comemorar, mas o povo baiano não tem nada a celebrar.
Nada a comemorar
Na tentativa de criar uma narrativa diferente, o governo realizou uma coletiva na última quarta-feira (17) para anunciar uma suposta redução no número de mortes violentas em 2024. Contudo, a verdade é que entre 2022 e 2023 a queda no estado foi de apenas 1,3%, uma das menores do país e bem abaixo da média nacional, cuja redução foi de 3,4%.
Parece que o governador quer tapar o sol com a peneira. Ainda de acordo com os dados, das 10 cidades mais violentas em 2023, seis estão na Bahia.
As 10 cidades mais violentas do Brasil
- Santana (AP) – taxa de 92,9
- Camaçari (BA) – taxa de 90,6
- Jequié (BA) – taxa de 84,4
- Sorriso (MT) – taxa de 77,7
- Simões Filho (BA) – taxa de 75,9
- Feira de Santana (BA) – taxa de 74,5
- Juazeiro (BA) – taxa de 74,4
- Maranguape (CE) – taxa de 74,2
- Macapá (AP) – taxa de 71,3
- Eunápolis (BA) – taxa de 70,4