Segundo o Ministério da Saúde, medidas estratégicas foram tomadas para minimizar as perdas nos estoques de insumos.
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O Ministério da Saúde informou que aproximadamente 6,4 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, fabricadas pela Janssen, foram incineradas em 2024 devido à perda da validade. Esses lotes descartados representam um valor estimado em R$ 227 milhões.
As vacinas em questão utilizam a tecnologia de vetor viral e têm perdido espaço no Sistema Único de Saúde (SUS) desde o final de 2022, quando o ministério passou a priorizar os imunizantes de RNA mensageiro, como os da Pfizer e Moderna.
Segundo o Ministério da Saúde, medidas estratégicas foram tomadas para minimizar as perdas nos estoques de insumos. No total, a pasta recebeu 41 milhões de doses da vacina da Janssen, sendo 38 milhões adquiridas diretamente do laboratório e 3 milhões doadas pelos Estados Unidos.
A incineração das doses ocorre em meio a preocupações sobre o descarte de vacinas vencidas. O governo federal tem sido criticado por essas perdas, que incluem vacinas de diversos fabricantes.
Além das vacinas, o estoque central do ministério, localizado em Guarulhos, ainda armazena cerca de R$ 200 milhões em produtos vencidos que também precisarão ser incinerados. Entre esses produtos, destacam-se roupas de proteção doadas ao Brasil durante a pandemia, cujo descarte tem gerado custos elevados e impactos ambientais.
A atual gestão do Ministério da Saúde afirma ter herdado um estoque desorganizado e com produtos próximos ou já vencidos. A situação está sendo fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
O ministério planeja adquirir 70 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 em 2024, mas houve atraso na compra emergencial de uma parcela dessas vacinas. O processo licitatório está em andamento, e a pasta garante que não faltarão doses para a população.
De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação periódica será oferecida aos grupos de maior risco e vulnerabilidade, como gestantes, trabalhadores da saúde, imunocomprometidos e idosos com 60 anos ou mais.
Fonte: Gazeta Brasil