A maior enchente da história do Rio Grande do Sul retirou milhares de famílias de suas casas, destruiu partes de cidades e causou quase 100 mortes até agora, com mais de 350 cidades em estado de calamidade.
Além de todo esse caos humanitário, que falamos ontem aqui, toda a tragédia impacta diretamente na economia — não só da região, mas de todo o país.
Explicando: Para começo de conversa, o RS é responsável por nada menos que 58% de todo o arroz produzido no Brasil. Além disso, tem também 15% das lavouras de soja.
Mas não para nas plantações… As inundações podem ter afetado ainda mais os frigoríferos e a pecuária. Pense que boa parte dos animais — porcos, bois, vacas — morreram com as enchentes.
Estamos falando de bilhões de reais
Com as unidades operacionais e de distribuição praticamente paradas, a perda deve ser grande.
Usando como referência, apesar da causa ser totalmente diferente, a greve dos caminhoneiros de 2018 gerou prejuízo de R$ 3 bilhões na indústria nacional.
Na época da paralisação, os preços de produtos básicos para o consumidor final subiram mais de 80%.
Isso sem falar que, na atual situação, diversas estradas, pontes e rodovias — por onde toda essa produção escoa — desabaram. A restauração delas pode custar mais de R$ 1 bilhão para o governo.
Além disso, o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, foi fechado por tempo indeterminado.
Os prejuízos financeiros causados por desastres ambientais somaram mais de R$ 105 bilhões em 2023. Só as chuvas, no ano passado, incluindo o ciclone no RS, deixaram danos de R$ 51,4 bilhões.