Deputados e manifestantes criticaram atuação de Alexandre de Moraes e bloqueio da rede social X.
Foto: Luisa Purchio/Gazeta
Milhares de pessoas se reuníram para a manifestação do 7 de Setembro, em São Paulo, para protestar pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e para lutar pela defesa da liberdade de expressão. Vestidas de verde e amarelo, elas ocuparam completamente pelo menos oito quadras da Avenida Paulista.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou e defendeu a anistia para os presos de 8 de janeiro. Ele disse acreditar que a sua inelegibilidade determinada pela Justiça Eleitoral vai ser revertida pelo Congresso Nacional. O ex-presidente encerrou seu discurso defendendo o impeachment de Moraes, mesmo estando prestes a ser indiciado em um novo inquérito pelo ministro.
“Devemos botar freios através dos dispositivos constitucionais naqueles que saem, que rompem o limite das quatro linhas da nossa Constituição. E eu espero que o Senado bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”, disse.
O pastor Malafaia elencou uma lista de crimes que atribuiu a Moraes e pediu a sua prisão. Parlamentares fizeram coro ao culpar também o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por impedir que processos de impeachment do ministro prossigam no Congresso.
Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o pastor Silas Malafaia, além de diversos deputados e senadores estavam em um carro de som próximo ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Os manifestantes começaram a chegar ao local do ato ainda pela manhã, alguns carregando bandeiras do Brasil e de Israel e cartazes de “Fora Xandão”. Mensagens de agradecimento ao empresário Elon Musk, dono da rede social X que desafiou ordens do Moraes, também eram vistas.
Entre oito a dez quarteirões da Avenida Paulista ficaram totalmente tomados por uma multidão. O pastor Malafaia disse ter tido a impressão sobre a presença de público de que “tinha menos um pouquinho que o de fevereiro”. Os discursos acabaram por volta de 16h30.
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