Mesmo com redução em 12 anos, o estado aparece à frente de outros mais populosos.
Foto: José Cruz/AB
A Bahia abriga 13.654 pessoas vivendo em moradias inadequadas, ocupando a segunda posição no ranking nacional em número absoluto de moradores nessas condições. Os dados são do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (6). Moradias improvisadas referem-se a locais que não foram originalmente destinados a servir de abrigo.
O estado baiano só fica atrás de São Paulo, que possui 42.066 pessoas vivendo em condições semelhantes. Esse número absoluto é maior que a população de 154 dos 417 municípios baianos. Em 2022, esses moradores representavam 0,10% da população total da Bahia, o que coloca o estado na 12ª posição nacional em termos de proporção.
Conforme o IBGE, ao longo dos últimos 12 anos, o número de pessoas vivendo em moradias inadequadas na Bahia caiu pela metade. Em 2010, eram 28.533, enquanto em 2022 esse número foi reduzido para 13.654, a segunda maior redução absoluta do país.
Apesar da queda, a situação da Bahia é preocupante. Com 14,14 milhões de habitantes, a Bahia é significativamente menor que São Paulo, que possui 44,41 milhões de habitantes. Isso torna ainda mais alarmante a posição do estado baiano, reflexo de políticas públicas deficientes, resultado de décadas de domínio de um mesmo grupo político.